sábado, 5 de março de 2016
09. O Meu Ocaso
O Meu Ocaso
O que me exigiu mais coragem na vida foi a minha felicidade
O cadáver mais assustador é a lembrança do que não existiu
Meu orgulho fala: não mais me envaidece a autoria de desenganos
E pra desatar o desatino: amar o meu destino
Assim fala o desapontado: a esperar por ecos, ouvi elogios
A cada dia abençoo o que vem do acaso
Àquilo que me destino, eu não me escuso
De coração atado, evito o afeto jocoso
Em cada esquina eu procuro o meu ocaso
Tu que és minha amiga, parte na minha discórdia
Arma-te para a vida: dê-me o golpe de misericórdia
E lembrem-se, meus amigos: não quero condescendência,
Também sei amar meus inimigos, pois, espero desafios
Mais do que ter me acostumado, anseio pelo amargo
“Ele venceu o mal, ele não mais voltará
Ele adentrou a montanha, ele não se levantará
Ele era sábio e belo, ele não mais voltará
Ele adentrou a montanha, ele não mais voltará
De seu leito fatídico, não se levantará
De seu divã multicolorido, ele não mais voltará”
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário